Revisão: 'Game of Thrones' (5ª Temporada)

Para desgosto de muitos fãs, terminou mais uma temporada de Game of Thrones. Em 2016 saberemos o que dará sequência ao final estontaente, e nós temos uma boa teoria do que se vai passar, que vai ao encontro de alguns fãs dos livros. Curiosos? Avisamos que este artigo contém spoilers de toda a espécie e tamanho!

Garganta Afinada 107

O GA nunca vai de férias, mas dá-vos músicas para levarem para a praia. Nestas 20 temos Agir, Linda Martini, Calum Scott, W-Magic, António Zambujo, Tarq Bowen, Beck, Bear's Den e muito mais

Crítica: Mad Max - Fury Road

O regresso de Max Rockatansky é uma injecção de adrenalina. Um filme graficamente apelativo sobre sobrevivência, vingança e solidão, com personagens femininas dominantes. É entretenimento a mil à hora, e o franchise promete voltar.

Prémios BPF Liga NOS 2014/ 15

Como sempre elegemos os melhores (jogador, jovem, treinador, onze, etc.) do ano. Cá estão eles, com Gaitán, Jonas e Jackson na discussão.

Crónica: Capitão do Meu Futebol

Steven Gerrard despediu-se de Anfield. Este é o meu obrigado ao único ídolo que tive, capaz de me ensinar em campo como devo ser fora dele.

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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Garganta Cinéfila

The Shawshank Redemption (1994)
Realizador: Frank Darabont
Elenco: Tim Robbins, Morgan Freeman
Classificação IMDb: 9.2 
             
            Hoje o filme que vos recomendo é aquele que figura em 1º lugar no top250 do IMDb. “Os Condenados de Shawshank” conta a história de Andy Dufresne (Tim Robbins), um banqueiro culto, ponderado e educado, que é detido pelo homicídio da sua mulher e do amante dela, sendo condenado a 2 penas de prisão perpétua. Na prisão, ao contrário do que se poderia pensar (que Dufresne seria um alvo fácil para os maiores delinquentes), Dufresne revela uma extraordinária retórica, perseverança, conquistando e mantendo uma postura honrosa na hierarquia prisional, sendo respeitado pela grande maioria dos reclusos e pelos próprios guardas e chefe prisional. O filme aborda a grande amizade crescente entre Andy Dufresne e Ellis Boyd “Red” Redding (Morgan Freeman), e é desta dupla que vive muito do sucesso deste filme. E a narração do filme fica a cargo de Morgan Freeman, o que é sempre positivo, graças àquela voz inconfundível. Se eu tivesse um filme sobre mim, gostava que fosse narrado pelo Morgan Freeman.
            O filme foi nomeado para 7 categorias nos Óscares de 1995, não tendo recebido nenhum. Perdeu o óscar de “Melhor Filme” para Forrest Gump, que apesar de ser um bom filme, fica bastante atrás desta obra-prima do Cinema. “Os Condenados de Shawshank”, a meu ver, também deveria ter ganho o óscar de melhor argumento adaptado, mas Forrest Gump roubou também esse óscar. O raio do Tom Hanks deficiente... O argumento foi adaptado a partir de um livro de Stephen King, o senhor que escreveu as obras que permitiram a existência de filmes como “The Shining”, “The Green Mile” ou “Stand by Me”. Falando do realizador, Frank Darabont é daqueles realizadores que realiza pouco mas bem (um pouco como Christopher Nolan ou David Fincher). No seu curto menu de realizações vemos, para além do filme que vos falo, “The Green Mile” e actualmente a série “The Walking Dead”.
            “Os Condenados de Shawshank” é um filme que toda a gente deveria ver, pelo menos uma vez, na vida. Figura claramente no top5 dos meus filmes preferidos e, apesar de não haver nenhuma relação oficial (acho eu), julgo que este filme terá inspirado parte do argumento da grande série Prison Break.
            O filme aborda quase duas décadas de vida na prisão, nas quais Andy Dufresne nos mostra como devemos ser persistentes, manter uma conduta social correcta (não nos julgando mais ou menos que ninguém) e nunca nos devemos esquecer do que significa sermos livres. Quem espera, sempre alcança, se fizermos algo para tal. MP

Citações do filme:

The man likes to play chess; let's get him some rocks.”

“She was beautiful. God I loved her. I just didn't know how to show it, that's all. I killed her, Red. I didn't pull the trigger, but I drove her away. And that's why she died, because of me.”

“Remember Red, hope is a good thing, maybe the best of things, and no good thing ever dies.”

“We sat and drank with the sun on our shoulders and felt like free men. Hell, we could have been tarring the roof of one of our own houses. We were the lords of all creation. As for Andy - he spent that break hunkered in the shade, a strange little smile on his face, watching us drink his beer.”

“Sometimes it makes me sad, though... Andy being gone. I have to remind myself that some birds aren't meant to be caged. Their feathers are just too bright. And when they fly away, the part of you that knows it was a sin to lock them up does rejoice. But still, the place you live in is that much more drab and empty that they're gone. I guess I just miss my friend.


Alfie (2004)
Realizador: Charles Shyer
Elenco: Jude Law; Sienna Miller
Classificação IMDb: 6.1

                E para contrastar com o filme acima, nada mais nada menos que um filme assim-assim-mas-mais-para-o-mais. Gostaram da classificação personalizada? Inventar classificações é mesmo a minha cena…
                Alfie é um remake de um filme homónimo em que a personagem principal era feita por Michael Cane. O Alfie de 2004 é protagonizado por Jude Law e, tal como Jude é famoso na realidade, a personagem é um galã. Mais precisamente um “playboy”. Assume um estilo de vida completamente despreocupado e sem compromissos, sendo um pouco convencido e desrespeitoso para com as mulheres em relação aos seus sentimentos. Mas como todas as acções têm consequências, as suas más acções desencadeiam aquilo a que se chama um grande abre-olhos.
                Este é outro filme que encontrei por acaso. Há uns anos atrás, estava eu deitado na minha bela cama para dormir e começo a ver o Alfie numa estação televisiva em que agora passa um programa de famosos nas tribos. Comecei a vê-lo para tentar adormecer mas o interesse começou a aumentar ao longo do tempo e obviamente acabei por vê-lo na íntegra.
Um filme muito bem feito e costuma suscitar mais interesse nos rapazes. Normalmente revêem uma ou outra acção em Alfie. A personagem é o que todas as raparigas que estão frustradas com a sua última relação pensam que são todos os rapazes. Mas na realidade isto é apenas uma junção de más atitudes num só. E não uma realidade num só (digo eu).
Como puderam verificar, foi um texto do Garganta Cinéfila um pouco mais informal e fugindo um pouco ao que já tem sido feito. Na minha opinião há que saber variar e não seguir sempre a mesma linha. É importante variarmos para não nos cansarmos de fazer sempre o mesmo. Isto foi a maneira que arranjei para me desculpar de me ter desviado um pouco do registo da rúbrica. TM

Citações do Filme:

Alfie: I, myself, subscribe more to the European philosophy of life, my priorities leaning towards wine, women… well, actually, that’s about it.”

Alfie: What have I got? Really? Some money in my pocket, some nice threads, fancy car at my disposal, and I’m single. Yeah… unattached, free as a bird… I don’t depend on nobody and nobody depends on me… My life’s my own. But I don’t have piece of mind. And if you don’t have that, you’ve got nothing. So… what’s the answer? That’s what I keep asking myself. What’s it all about? You know what I mean?”



quarta-feira, 29 de junho de 2011

Garganta Afinada. Top 20 ( nº 21 )



      "A morte é a curva da estrada,
         Morrer é só não ser visto.
        Nunca ninguém se perdeu.
             Tudo é verdade e caminho."
                                                                              
                                                                        Fernando Pessoa






1. Guns N' Roses - November Rain
2. The Bravery - The Ocean
3. Foo Fighters - Everlong (Acoustic)
4. Band of Horses - No One's Gonna Love You
5. The Rolling Stones - Angie
6. Coldplay - Trouble
7. Noiserv - Where is My Mind (Pixies Cover) 
8. Matthew Mayfield - First in Line
9. Sufjan Stevens - Chicago
10. Fleet Foxes - He Doesn't Know Why
11. Creed - With Arms Wide Open
12. The Perishers - Come Out of the Shade
13. Daughtry - September
14. Anouk - Nobody's Wife
15. Lamb - Gabriel
16. Theory of a Deadman - All or Nothing
17. Rufus Wainwright - Across the Universe
18. David Cook - Time of My Life
19. The Cranberries - Linger
20. 4 Taste - Eu Não Quero Olhar (P'ra Trás)
Sempre que olharem para estes bonecos, pensem neles cantando: Julio Iglesias - Manuela

terça-feira, 28 de junho de 2011

Remate à Benfica

                Como o MP referiu, esta será a minha rubrica futebolística às terças-feiras. Porquê “Remate à Benfica”? Porque estava a comer Lay’s Artesanais e a beber um refresco e lembrei-me que ficava bem. Como viram, o nome surgiu de uma profunda reflexão cheia de fundamento. São dons que se têm, meus amigos…
               
                Agora centremo-nos no futebol. Lembram-se das eleições do Sporting? Eu lembro-me. Quem é que a maioria dos sportinguistas queriam para presidente? O Bruno de Carvalho. Mas o Bruno perdeu e os sportinguistas fizeram birra e queriam bater no pequeno idoso Godinho Lopes. Bruno tinha a maioria mas os votos dos sócios mais velhos valiam mais e assim Luís Godinho Lopes venceu. Gritos de desespero dos adeptos que pediam recontagens (que só iriam confirmar as contagens feitas), revolta, etc... Tudo pelo Bruno. Os sportinguistas queriam o dinheiro das Rússias… e o Bruno. Se não tivessem o Bruno na presidência, iria ser mais do mesmo e o clube iria acabar.


                Em cima está o vídeo da pancadaria. O pequeno idoso sai com um sorriso na cara como que à espera de uma ovação, mas é alvo de tentativas de agressão. Porquê? Por causa do Bruno.
                E agora vos conto um segredo: Godinho Lopes é presidente do Sporting há 3 meses. O clube acabou? Não. Ah, mas os adeptos continuam inconformados com o facto de ele ainda lá estar, certo? Também não. Uns começam a ter a noção que era o presidente certo e outros estão radiantes com o novo plantel e não lhes interessa o presidente. Muitos estão com a moral em alta e já dizem que vão superar tudo e todos. Como benfiquista e adepto de futebol fico feliz por voltarmos a ter um Sporting capaz de lutar pelo título porque, apesar da rivalidade entre Benfica e Porto ser muito intensa, é sempre bom haver mais concorrência. Quanto aos foguetes já largados, esperemos para ver como corre a época dentro de campo.

                Não vou falar muito do “fóculdoporto” porque já foi tudo dito pelo MP. Apenas tenho de mostrar o meu agrado pelo facto de André Villas Boas ter inserido o dedo no recto de todos os portistas ao mesmo tempo. Nem acredito que escrevi isto. Que coisa nojenta.

                Está na altura da pergunta: “Então e o nosso Benfica?” – O nosso Benfica… não sei. Sinceramente estou a gostar dos reforços mas estou a achá-los demais e alguns ainda estão para vir. Não faço a mínima ideia no que é que Jorge Jesus estará a pensar e com que táctica jogará. Concordei com as dispensas até agora e espero muitas mais. Há que emprestar jogadores para ganharem um estatuto digno de vestir o «Manto Sagrado».
                Quanto à dispensa de Nuno Gomes, tenho pena. Acho que deviam renovar com ele porque é muito importante no balneário. No entanto, se ele impôs jogar muito mais, concordo com a mudança para outro clube porque não tem a mesma frescura que outros e há que dar oportunidade aos mais jovens e com mais potencial. Respeito a opção do JJ porque teria feito o mesmo, mas não gosto do facto de Nuno Gomes não ter terminado a carreira no clube que ama. Ele merecia por tudo o que já nos deu.
               
                E é tudo… por hoje. Para a semana haverá mais remates à Benfica para vós que sois entre zero e alguns. TM

sábado, 25 de junho de 2011

Garganta Afinada. Top 20 ( nº 20 )





1. City and Colour - As Much As I Ever Could
2. Eddie Vedder - Guaranteed
3. Noiserv - Mr. Carousel
4. John Grant - Where Dreams Go To Die
5. Goo Goo Dolls - Black Balloon
6. doismileoito - Acordes com Arroz
7. The Calling - Stigmatized
8. Elton John - Tiny Dancer
9. Klepht - Erros por Defeito
10. Coldplay - Every Teardrop is a Waterfall
11. Linda Martini - Quarto 210
12. Toranja - Fogo e Noite
13. Apocalyptica ft. Gavin Rossdale - End of Me
14. Kanye West ft. Kid Cudi and Raekwon - Gorgeous
15. The Editors - Smokers Outside the Hospital Doors
16. João Só e Abandonados - A Marte
17. Luísa Sobral - Not There Yet
18. Reeve Carney ft. Bono and The Edge - Rise Above
19. La Roux - In for the Kill
20. Agir - Retratos da Nossa Vida
Sempre que olharem para estes bonecos, pensem neles cantando: Julio Iglesias - Manuela

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Vermelho por Palavras


Iniciamos hoje uma nova rubrica no nosso blogue, inteiramente dedicada à realidade futebolística – um tema que motiva tantas conversas de café, tanta mobilização, sofrimento, paixão e dinheiro. Um tema sobre o qual nunca irão faltar coisas para falar. Como fervorosos benfiquistas tentaremos não ser facciosos, mas a cor do nosso sangue poderá vir à tona uma ou outra vez. A rubrica ficará a cargo da nossa vasta equipa de colaboradores (somos dois) – MP às sextas-feiras com  “Vermelho por Palavras” e TM às terças-feiras com “Remate à Benfica”.

“Estou na minha cadeira de sonho. Não abdico dela por nada”
André Villas-Boas, 21 de Novembro de 2010

“E eu estou convencido que se o André Villas-Boas não tivesse a mesma paixão que eu tenho pelo Futebol Clube do Porto, eu estou convencido que o André Villas-Boas era capaz de sair porque tem uma cláusula de rescisão de 15 milhões que para determinados clubes não é significativa. Agora o que eu tenho a certeza é que se vierem cá com essa cláusula, o André Villas-Boas não quer sair” 
Pinto da Costa, 23 de Maio de 2011 na “Grande Entrevista” 

Quando a época começou não tinha uma opinião formada sobre o Luís André de Pina Cabral e Villas-Boas (André Villas-Boas, de nome artístico), bisneto do visconde de Guilhomil. Afinal de contas, era um jovem treinador ruivo que tinha perdido por 4-0 na Luz (que chapéu do Saviola!) levando um banho de bola (como muitos levaram) e tinha, com a sua Académica, ganho 1-0 em Alvalade ao Sporting (como muitos conseguiram). Assim sendo, não sabia o que vinha dali. O campeonato começou e o Porto lá foi ganhando com umas ajudinhas no início, Villas-Boas lá se passou quando empatou com o Guimarães mas o Porto foi-se solidificando como uma equipa com uma dinâmica de meio-campo forte e um modelo de jogo definido, com um plantel em que todos jogavam e uma motivação e vontade de ganhar enormes. Até Dezembro, não tinha grande respeito por Villas-Boas. No final de Maio, posso dizer que já lhe reconhecia enorme mérito nas conquistas do Porto e o considerava um treinador a sério e não apenas “O antigo adjunto de Mourinho” (apesar de ainda ter que provar com mais uns anos de carreira). No entanto, o melhor estava para vir. Menos dum mês depois de Pinto da Costa dizer que estava seguro que Villas-Boas não quereria sair, a minha admiração e respeito pelo rotulado por Ricardo Araújo Pereira “Mourinho de Pechisbeque” atingia o expoente máximo. André Villas-Boas deixou o Porto com as calças na mão porque preferiu ficar com os bolsos das suas calças bem cheios. Pode-se contestar? Pode. Mas estamos em crise. Isto está difícil para todos e eu acho que no Porto, mesmo sendo ele portista, não deve dar aquela “pica”. Ora, vamos imaginar que eu era o melhor a comer maçãs, mas o clube de maçãs que eu representava fazia com que eu tivesse que comer maçãs já bastante comidas enquanto os outros tinham que comer as maçãs por inteiro. Não me dava o mesmo gozo. Estou a falar de batota? É isso mesmo. Porque é que na minha analogia usei fruta? Parece-me óbvio. Villas-Boas ficou agora como o “judas” para muitos portistas. E talvez agora leve consigo o “judas” para muitos sportinguistas. Faço uma vénia a Villas-Boas, uma vez que conseguiu realizar um dos meus 100 objectivos de vida: estragar o dia de todos os portistas ao mesmo tempo.

Fonte: Henricartoon - SAPO
Uma coisa que considero curiosa é o facto do Porto não saber estimar treinadores. Bem sei que o Porto vive numa religião monoteísta, venerando Pinto da Costa, e não podendo atribuir o sucesso a mais ninguém, mas a verdade é que nunca senti nos portistas grande adoração por Mourinho e por Villas-Boas quando os tinham como treinadores. O que é que eles têm em comum? Num mesmo ano conseguiram ganhar uma liga, uma taça e uma competição europeia, e ambos viveram os seus últimos dias no Porto sob escolta policial.

Confesso que pensei que Pinto da Costa iria tentar contratar Jorge Jesus. Mas não. Pinto da Costa contratou Vítor Pereira, o adjunto de Villas-Boas. É verdade que sempre que Villas-Boas tomava uma decisão no banco consultava Vítor Pereira, que parecia saber sempre dar-lhe o melhor conselho. Mas eu acho que o que se passou foi outra coisa. Pinto da Costa perdeu o cabeça e decidiu testar se é mesmo verdade que “qualquer treinador quando chega ao Dragão vence, porque há uma estrutura que o faz vencer” e então pegou num treinador que em 2009-2010, enquanto treinador principal, não conseguiu que o Santa Clara fosse promovido da Liga Orangina. Um treinador que nos 5 anos de experiência que teve como treinador principal, nunca conseguiu promover as suas equipas para escalões superiores. Mas há mais, Vítor Pereira tem agora uma cláusula de 18 milhões de euros. Tem tanta lógica como o Hulk ter uma de 100. O Porto quer agora contratar Bruno Moura, adjunto no Santa Clara, para treinador adjunto do Porto. Eu questiono-me se não valia a pena contratar já o Bruno Moura como treinador ou o adjunto do adjunto do Bruno Moura. Se é para arriscar, arrisca-se à grande. E poupava-se em sucessões e desgostos. Traições, como Villas-Boas admitiu."Eu traí" disse Villas-Boas, como que apanhado no Fiel ou Infiel.
                
                Menos badalado que toda esta polémica em redor de André Villas-Boas foi o início de época do Benfica. O clube encarnado apresentou 4 jovens (já conhecidos há bastante tempo) formados no clube que, supostamente, terão oportunidade esta época de ficar no plantel. David Simão e Nélson Oliveira talvez fiquem. Os outros dois, não acredito. Mas de qualquer forma espero que o Benfica não esteja a fazer com eles a velha táctica da Casa Pia – dá-se uma guloseima aos jovens e depois lixa-se-lhes a vida.
                O Benfica tem, isso sim, que fazer alguns retoques na equipa. Não sei se Jesus vai manter o esquema táctico das duas últimas épocas, mas espero que não. Há que contratar um defesa-central (propunha Mário Fernandes), vendendo Fábio Coentrão ir buscar Ansaldi e tentar arranjar em Angola ou algures dinheiro para se comprar o Pablo Piatti e o Salvio. Depois há uma questão, a do ponta de lança. Está na altura de soltarem o Cardozo e deixarem-no ser feliz no leste da Europa. Todos temos um treinador de bancada dentro de nós. O treinador de bancada dentro de mim… Ok, eu não vou prosseguir com esta frase, porque ela está a tomar contornos estranhos e nojentos. Reformulo: se eu fosse treinador, punha o Benfica a jogar em 4-2-3-1. Assim sendo, o avançado teria que ser um avançado móvel, mas bom finalizador. E é precisamente a noção de “avançado móvel” que talvez Jesus não compreenda. Móvel, nesta expressão, quer indicar mobilidade. Parece-me que Jesus entende um avançado móvel como “um avançado que pareça um móvel” e então mantém lá o Cardozo, a sua estante.
                Não me lembro da última camisola do Benfica que se batia em termos de beleza com a da época 2011-2012. Um misto de classe, simplicidade e tradição, certamente levará o Benfica desta época a voar bem no topo, como a águia, que regressará este ano. MP